Em 1973, Chico Buarque viu sua segunda peça teatral, ‘Calabar, o elogio da traição’, ser cancelada às vésperas da estreia Escrita a quatro mãos com o cineasta Ruy Guerra, a obra relativizava a opção do mulato Domingos Fernandes Calabar, que lutou ao lado dos invasores holandeses contra a coroa portuguesa, entrando para a história oficial brasileira como um traidor O general Antônio Bandeira, diretor-geral da Polícia Federal na época, proibiu a montagem, interditou o nome Calabar e até mesmo desa